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Como desenvolver equipes de alta performance no modelo 100% remoto?

Entenda os desafios e oportunidades para montar um time criativo, eficiente e engajado.

Composta por funcionários habilidosos e motivados, uma equipe de alta performance reúne não apenas profissionais especialistas em suas áreas, mas pessoas que têm o objetivo de produzir um trabalho acima da média. Pensar diferente, com intencionalidade, além de ter criatividade e inteligência emocional são algumas das características dos membros desse grupo. Mas se conquistar isso no sistema presencial é desafiador, no trabalho remoto pode parecer ainda mais difícil. Não por acaso, dados de um estudo da KPMG no Brasil com profissionais de Recursos Humanos, mostram que o retorno ao presencial é o desejo de 80% das empresas. Entre os fatores apontados, estão a preocupação com o desenvolvimento profissional e o trabalho em conjunto para 58%, e questões de produtividade e eficiência foram as justificativas de 44%.

No entanto, a presença no escritório não é determinante para criar uma turma de alto desempenho. Para Fabíola Cottet, sócia-diretora da MAVERICK 360, agência que desde 2014 atua em modelo 100% remoto e atende a grandes players do mercado nacional, além de recrutar especialistas capacitados e experientes, gerenciar um time eficiente requer métodos e estratégias bem definidas. “Na MAVERICK 360, por exemplo, nossa forma de trabalho conduz o profissional a trilhar um processo natural de aperfeiçoamento. Com liberdade de autogerenciamento, mas com organização e o suporte necessário para a realização do trabalho, investimos em um ambiente seguro para o crescimento”, explicou.

Um estudo divulgado em 2023 pela Universidade Columbia Britânica em parceria com a Universidade Wilfrid Laurier, revelou sete pilares são fundamentais para a construção de equipes de alta performance: clareza e motivação, comprometimento, conexão e confiança, segurança psicológica, responsabilidade no desempenho, eficácia coletiva e sustentação do desempenho. De acordo com a pesquisa, para se manter motivado é importante compreender com clareza o objetivo a ser atingido. Além de sentir segurança para tomar decisões ousadas e criativas, resultados que só serão possíveis com conexão e confiança. Outro ponto primordial é a dedicação, todos trabalhando pelo mesmo propósito, transformam desafios em oportunidade, assim superando expectativas, dentro e fora do escritório.

Ainda segundo Fabíola, é possível oferecer um espaço de evolução profissional em qualquer formato de trabalho. “Entre os principais valores da nossa cultura, a liberdade e o bem-estar dos nossos colaboradores são prioridade. Incentivamos de forma contínua a evolução e proporcionamos diálogo sempre que possível, com reuniões periódicas para falar sobre os mais diversos assuntos. Nossa intenção é valorizar cada um e tornar o grupo mais integrado, com pessoas que se conhecem mais, se respeitam e como resultado, têm uma comunicação eficaz, mesmo atuando remotamente”.

Dados de um levantamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos em parceria com a HR Tech Umanni, divulgado recentemente, mostram que 49,6% das organizações seguem o formato presencial, e 46,2% o regime híbrido. Já o home office integral foi registrado em apenas 4,2%, com redução significativa em comparação a 2022, em que 23,9% atuavam na modalidade.

Para Rick Garcia, sócio-diretor da MAVERICK 360, investir em pessoas é crucial para o crescimento, e a liberdade pode contribuir inclusive para a retenção de talentos. “O desafio não acaba quando conseguimos montar um time de alta performance. A permanência é tão importante quanto a captação nesse caso. Afinal, o maior ativo que podemos ter dentro das empresas são os profissionais que colaboram para que os resultados aconteçam. Essa valorização não pode ser apenas um discurso voltado à produtividade, precisa acontecer na prática no dia a dia e, para isso, os processos precisam estar alinhados à essa cultura. Colaboradores felizes e engajados, atingem resultados naturalmente surpreendentes”, completou.

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